Os Escribas
Os escribas já existiam no Antigo
Egito, eram chamados “sesh” e formados no ofício da escrita e trabalhava
normalmente para a corte local. Graças a estes personagens muito do que se
conhece hoje sobre a nossa história foi registrado na antiguidade através da
escrita.
Os escribas da Bíblia normalmente
eram judeus mestres e doutores na literatura judaica, além de serem estudiosos
e especializados nas escritas da época. Eram homens de reputação e grande
influência. A primeira vez que aparece o termo escriba na Bíblia, está no livro
de Esdras. Os escribas Judeus eram geralmente partidários Fariseus, Saduceus e
Essênios.
Embora tenham escrito também em
papiros, os escribas bíblicos, tanto na época do Antigo Testamento como nos
dias de Jesus Cristo e seus apóstolos, escreveram boa parte dos manuscritos em
pergaminhos, porém ao longo dos séculos a escrita evoluiu e as cópias passaram
a ser feitas em madeira e chamadas de códices.
Durante a Idade Média, nos
mosteiros cristãos existiam bibliotecas de pergaminhos. Nestas bibliotecas
vários monges letrados se dedicavam a fazer cópias dos textos bíblicos.
Os Massoretas
Os Massoretas foram um grupo de
escribas judeus especializados em hebraico e que trabalharam com o objetivo de
preservar as escrituras hebraicas. Eles fizeram uma compilação da Bíblia de
Massorá no século VI, quando foram chamados de Massoretas, por pertencerem a
uma escola que por sua vez foi chamada de Escola de Massorá (da palavra
hebraica “mesorah”, significa tradição).
A forma como os massoretas faziam
suas cópias eram com muita rigidez. Após o escriba fazer toda a cópia
manuscrita, esta cópia era testada de forma minuciosa. Eles estabeleciam uma
letra central e contavam quantas letras haviam desta letra até as letras
finais. Quando alguma mínima alteração era descoberta ou quando a contagem do
texto era divergente, todo o manuscrito era descartado e destruído.
A Escola de Massorá, com seus
competentes escribas Judeus fizeram muito mais. Eles criaram metodologias que
muito contribuíram com a escrita, leitura e pronuncia do hebraico moderno e
devido a altura de seus trabalhos, os escribas Massoretas foram chamados de
"os pais da gramática do hebraico atual".
Os Manuscritos
Os manuscritos eram escritos em
algum tipo de suporte físico, antigamente foram usados diversos tipos de
suportes, como os papiros usados no Antigo Egito e posteriormente no oriente
pelos Judeus. Os pergaminhos, que eram feitos com pele de animais e muito
usados pelos Judeus, compuseram boa parte das cópias antigas da Bíblia.
Os Papiros
Os Papiros eram usados como
suporte físico para escrita e substituíram os suportes mais antigos. Foram
desenvolvidos pelos egípcios em 2.500 a.C. e foi considerado o precursor do
papel, já que o papiro era extraído de folhas secas de uma planta (Cyperus
papyrus) prensadas de forma parecida com a produção do papel hoje em dia.
Os Pergaminhos
Os antigos pergaminhos bíblicos
eram copiados a mão em rolos fabricados com peles de ovelhas, carneiros, cabra
e cordeiros. Eram escritos através de algum instrumento como pena, cálamo,
lápis ou caneta, molhados em tinta. Os manuscritos da Bíblia mais antigos foram
várias cópias de pergaminhos encontrados em locais diferentes e escritos em
épocas diferentes, porém com textos fiéis.
Os Códices
Os códices, do latim codex,
foi o suporte físico evoluído que tomou o lugar dos pergaminhos. Eram feitos de
blocos de madeira que proporcionavam melhores escritas e maior durabilidade e
foi usado durante o final da Idade Média, principalmente na Europa. Hoje muitos
dos códices bíblicos estão no museu do Vaticano e em outros museus.
O papel
Séculos mais tarde os códices
foram substituídos pelo papel, porém muitos manuscritos escritos em papiros,
pergaminhos e códices estão espalhados por vários museus ao redor do mundo. O
papel veio a substituir os códices no séc. XIV com a invenção da impressão em
papel. A partir de então a Bíblia foi espalhada em diversas traduções
impressas, como é feito até os dias de hoje.