terça-feira, 16 de novembro de 2021

 

Manuscritos Existentes da Tanakh

Uma página de Deuteronômio do Codex Aleppo.
ManuscritoExemplos e LocaisLínguaCópia mais antiga
Pergaminhos do Mar MortoTanakh de QumranHebraicoAramaico e Grego (Septuaginta)c. 150 a.C - 70 d.C (fragmentos)
SeptuagintaCodex VaticanusSinaiticusAlexandrinus, e outros antigos papirosGregosec. 2 a.C (fragmentos); sec. 4 d.C (completo)
PeshittaSiríacosec. 5 d.C
VulgataCodex AmiatinusLatimsec. 5 d.C; sec. 8 d.C (completo)
MassoréticoCodex AleppoCódice de Leningrado e outros MSS incompletosHebraicosec. 10 d.C (completo)
Pentateuco samaritanoAlfabeto samaritanoManuscrito mais antigo existente, c. sec. 11 d.C; Mais antigo manuscrito acessível aos estudiosos, sec. 16 d.C
TargumAramaicosec. 5 d.C

Manuscritos do Novo Testamento

Folha 65v do Codex Alexandrinus contém o Evangelho de Lucas com decoração tailpiece.

Novo Testamento foi melhor preservado em manuscritos do que qualquer outro livro antigo, possuindo mais de 5400 manuscritos gregos completos ou fragmentos de manuscritos, 10 000 manuscritos em latim e 9300 manuscritos em diversos outros idiomas antigos incluindo siríacoeslavogóticocopta e armênio. Esses manuscritos em sua maioria são cópias de cópias de outras cópias, podendo fortemente conter erros de escrita se pudessem ser comparados aos escritos originais; para comparação, há somente sete cópias manuscritas dos escritos de Platão, escritas aproximadamente 1 200 anos após os originais.[4]

Listas de manuscritos conhecidos

Distribuição dos manuscritos por século[5]

Manuscritos do Novo TestamentoLecionários
SéculoPapiroUnciaisMinusculosUnciaisMinusculos
22----
c. 2004----
2 / 311---
3282---
3 / 482---
41414-1-
4 / 588---
5236-1-
5 / 6410---
6751-3-
6 / 755-1-
7828-4-
7 / 834---
8229-22-
8 / 9-4-5-
9-53131135
9 / 10-14-1
10-1712410838
10 / 11-3834
11-142915227
11 / 12--33-13
12--5556486
12 / 13--26-17
13--5474394
13 / 14--28-17
14--511-308
14 / 15--8-2
15--241-171
15 / 16--4-2
16--136-194

Manuscritos mais antigos

Manuscritos mais antigos dos livros do Novo Testamento:

Livro

Manuscrito mais antigo

Data

Condição

Ref

Evangelho de Mateus

P64P67P104

c. 200

Fragmentos

Evangelho de Marcos

P45

c. 250

Fragmentos Grandes

[2]

Evangelho de Lucas

P4P75

c. 200

Fragmento

Evangelho de João

P52

c. 125-160

Fragmento

[2]

Atos dos Apóstolos

P38

3°/4° sec.

Fragmento

Epístola aos Romanos

P46

c. 175-225

Fragmentos

Primeira Epístola aos Coríntios

P46

c. 175-225

Fragmentos

Segunda Epístola aos Coríntios

P46

c. 175-225

Fragmentos

Gálatas

P46

c. 175-225

Fragmentos

Efésios

P46

c. 175-225

Fragmentos

Filipenses

P46

c. 175-225

Fragmentos

Colossenses

P46

c. 175-225

Fragmentos

Primeira Epístola aos Tessalonicenses

P46

c. 175-225

Fragmentos

Segunda Epístola aos Tessalonicenses

P92

3°/4° sec.

Fragmento

Primeira Epístola a Timóteo

א

c. 350

Completo

Segunda Epístola a Timóteo

א

c. 350

Completo

Epístola a Tito

P32

c. 200

Fragmento

Epístola a Filémon

P87

3º sec.

Fragmento

Epístola aos Hebreus

P46

c. 175-225

Fragmentos

Epístola de Tiago

P23P20

3º sec.

Fragmento

Primeira Epístola de Pedro

P72

3º/4º sec.

Fragmentos

Segunda Epístola de Pedro

P72

3º/4º sec.

Fragmentos

Primeira Epístola de João

P9

3º sec.

Fragmento

Segunda Epístola de João

0232

3º/4º sec.

Fragmento

Terceira Epístola de João

א

c. 350

Completo

Epístola de Judas

P72

3º/4º sec.

Fragmentos

Apocalipse

P98P115

c. 275

Fragmento

Galeria

 Targum (do Hebraico תרגום , no plural targumim) são as traduções, comentários em aramaico da Bíblia hebraica (Tanakh) escritas e compiladas em Israel e Babilônia, da época do Segundo Templo até o início da Idade Média, utilizadas para facilitar o entendimento aos judeus que não falavam o hebraico como língua mãe, e sim o aramaico. Os dois targumim mais conhecidos são o Targum Onkelos sobre a Torá e o Targum Jonatã ben Uziel sobre os Nevi'im (profetas).[1]

A palavra aramaica para “interpretação” ou “paráfrase” é targum. A partir do tempo de Neemias, o aramaico veio a ser o idioma comum de muitos judeus que viviam no território da Pérsia, e, portanto, era necessário acompanhar as leituras das Escrituras Hebraicas com traduções para este idioma. Parece que assumiram sua presente forma final não antes do que por volta do quinto século d.C. Embora sejam apenas paráfrases do texto hebraico, e não uma tradução literal, fornecem rico fundo histórico do texto e ajudam a determinar algumas passagens difíceis e fazem referência ao real entendimento da cultura da época sobre os textos . Fazem-se freqüentes referências aos Targuns nas notas da Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas.

Targum do século XI

 Pentateuco Samaritano ou Torá Samaritana é o nome que se dá à Torá usada pelos samaritanos. Os samaritanos recusam o restante dos livros do Tanakh, aceitando apenas sua Torá como livro inspirado. Os samaritanos os rejeitam por não aceitá-lo como vindo de Deus.

Pentateuco samaritano está escrito no alfabeto samaritano, que é diferente do hebraico e era a forma de escrita usada antes do cativeiro babilônico (cerca de 597-586 a.C). Além da linguagem diferente, existem outras discrepâncias entre o Texto Massorético e a Torá Samaritana. Um exemplo é que na versão samaritana dos Dez Mandamentos, onde Deus conclama o povo que construa o altar no Monte Gerizim. O Pentateuco Samaritano ficou conhecido mundialmente, quando Pietro della Valle trouxe de Damasco em 1616 uma cópia do texto.

Pentateuco samaritano de Nablus, escrito em caracteres arcaicos, mantidos assim desde quando foram recebidos por Moisés (Moshe = hebraico / Mussa = árabe).

 

 O Códice de Leningrado ("Codex Leningradensis, L") catalogado com a sigla "Firkovich B 19", é um manuscrito do texto massorético, escrito em pergaminho e datado de 1008 EC. De acordo com o Colophon (book), é a cópia completa mais antiga das Bíblia Hebraica do mundo. O texto encontra-se na famosa Biblioteca Pública de São Petersburgo Leningrado, Rússia.[1]

Atualmente, o Códice de Leningrado, é o mais importante texto Hebraico reproduzido na Rudolf Kittel's Biblia Hebraica (BHK),(1937) e na Bíblia Hebraica Stuttgartensia (BHS), (1977). Serve como texto base para as modernas traduções da Bíblia. Serve também como uma fonte para que eruditos trabalhem na recuperação de detalhes nas partes faltantes do Codex de Aleppo.

Texto Codex Leningradensis

 Códice ou Códex de Aleppo (c. 930),[n 1] um manuscrito encadernado da Bíblia Hebraica transcrito por Shlomo ben Boyaʿa, editado no estilo tiberiano bíblico (vocalização, sotaque e notas massoréticas) pelo (ראש המלמדים; romaniz.roš ha-melammedim) chefe dos professores, ʾAhărôn ben Mōšeh ben ʾĀšēr, é a principal referência para compilação de novas edições autorizadas de textos bíblicos na cultura judaica

Página do Codex AleppoDeuteronômio. Fotografia de Ardon Bar Hama. O Instituto Yad Yitzhak Ben Zvi.


 Os massoretas ou massoréticos (em hebraicoבעלי המסורה) eram escribas judeus que se dedicaram a preservar e cuidar das escrituras que atualmente constituem o Antigo Testamento. Às vezes o termo também é usado para indicar comentadores hebraicos dos textos sagrados. Substituíram os escribas (Sopherins) por volta do ano 500 até ao ano 1000 .

Codex AleppoBíblia hebraica do século X com pontuação massorética.


 Codex Amiatinus, chamado de códice A, é o mais antigo manuscrito sobrevivente da Vulgata, a versão latina da Bíblia[1] católica; quase completa, com os seus 73 livros e faltando apenas cinco capítulos, é considerada a mais acurada cópia do texto de Jerônimo. Do livro de Baruque só existe o sexto capítulo[2] de um total de seis capítulos deste manuscrito. Ele foi produzido no reino anglo-saxão da Nortúmbria como um presente para o Papa e é datado do início do século VIII d.C. O códice é também um belo exemplo da caligrafia medieval e está agora preservado em Florença, na Biblioteca Medicea Laurenziana (Cat. Sala Studio 6).

 Vulgata é a forma latina abreviada de vulgata editio ou vulgata versio ou vulgata lectio, respectivamente "edição, tradução ou leitura de divulgação popular" — a versão mais difundida (ou mais aceita como autêntica) de um texto.[1]

No sentido corrente, Vulgata é a tradução para o latim da Bíblia, escrita entre fins do século IV início do século V, por São Jerónimo, a pedido do Papa Dâmaso I, que foi usada pela Igreja Cristã Católica e ainda é muito respeitada.

Nos seus primeiros séculos, a Igreja serviu-se sobretudo da língua grega. Foi nesta língua que foi escrito todo o Novo Testamento, incluindo a Carta aos Romanos, de São Paulo, bem como muitos escritos cristãos de séculos seguintes.

No século IV, a situação já havia mudado, e é então que o importante biblista São Jerónimo traduz pelo menos o Antigo Testamento para o latim e revê a Vetus Latina.

Vulgata foi produzida para ser mais exata e mais fácil de compreender do que suas predecessoras. Foi a primeira, e por séculos a única, versão da Bíblia que verteu o Velho Testamento diretamente do hebraico e não da tradução grega conhecida como Septuaginta. No Novo Testamento, São Jerônimo selecionou e revisou textos. Chama-se, pois, Vulgata a esta versão latina da Bíblia que foi usada pela Igreja Católica Romana durante muitos séculos, e ainda hoje é fonte para diversas traduções.

O nome vem da expressão vulgata versio, isto é "versão de divulgação para o povo", e foi escrita em um latim cotidiano.

Vulgata constitui um MARCO para a Igreja de língua latina. Até então circulavam diversos textos e extratos latinos, todos eles baseados sobre a tradução grega e em estado precário. Quando o papa Dâmaso encarregou S. Jerônimo de estabelecer um texto digno de confiança para a Igreja, em 384, não o encarregou de preparar uma nova tradução, mas apenas de rever e corrigir esses textos que circulavam em Roma, com a ajuda da tradução grega. S. Jerônimo começou a fazer essa revisão, mas a partir de 391, já estabelecido na Palestina, resolveu retraduzir todo o AT com base nos textos em hebraico e aramaico, inclusive Tobias e Judite, que encontrou em aramaico (os demais deuterocanônicos baseou-se no texto grego), concluindo tudo por volta do ano 406. De início, sua tradução sofreu grande oposição, devido principalmente o emprego de termos não-tradicionais ou certos afastamentos da tradução grega; no tempo de S. Gregório Magno, porém, passou a desfrutar de iguais direitos que as demais traduções, fixando-se como texto principal para a Igreja latina entre os séculos VIII e IX (a denominação “Vulgata”, contudo, só começou a ser usada a partir do séc. XIII).

Após o Concílio Vaticano II, por determinação de Paulo VI, foi realizada uma revisão da Vulgata, sobretudo para uso litúrgico. Esta revisão, terminada em 1975, e promulgada pelo Papa João Paulo II, em 25 de abril de 1979, é denominada Nova Vulgata e ficou estabelecida como a nova Bíblia oficial da Igreja Católica 

Vulgata Sixtina

 A Peshito ou Peshitta (siríaco clássico: ܦܫܝܛܬܐ‎ pšîṭtâ) é a versão padrão da Bíblia para as igrejas na tradição siríaca (ܠܫܢܐ ܣܘܪܝܝܐ - "L'shana Suryaya").

O nome é derivado do siríaco mappaqtâ pshîṭtâ; (ܡܦܩܬܐ ܦܫܝܛܬܐ), significando literalmente "a versão simples". Entretanto, é também possível traduzir o nome pshîṭtâ como "terra comum" (isto é, para todos os povos) ou "correcto", traduzido usualmente como "simples". Siríaco ("sy") é um dialecto (ou grupo de dialectos) do aramaico oriental que se escreve utilizando o alfabeto siríaco e é transliterado para o alfabeto latino de diferentes maneiras: Peshitta, Peshittâ, Pshitta, Pšittâ, Pshitto, Fshitto. Todas estas são aceitáveis, mas os termos "Peshitta" ou "Peshito" são as traduções mais convenientes em português.

O consenso dentro do conhecimento bíblico, apesar de não universal, é que o Antigo Testamento da Peshitta foi traduzido em siríaco do hebraico, provavelmente no século II e que o Novo Testamento da Peshitta foi traduzido do grego.[1] Este Novo Testamento, originalmente excluindo certos livros contestados (2 Pedro, 2 João, 3 João, Judas, Apocalipse) tornou-se um padrão no início do século V. Os cinco livros excluídos foram adicionados na Versão Harklean (616 DC) de Tomas de Harqel.[2] Entretanto, a Peshitta da Sociedade Bíblica Unida de 1905 usou novas edições, preparadas pelo irlandês siríacista John Gwynn, para os livros desaparecidos.